A indústria de energia solar no Brasil tem testemunhado um notável crescimento ao longo dos anos. No entanto, o setor enfrentou sua primeira crise significativa de demanda em 2023, o que gerou uma aceleração no processo de consolidação no mercado de distribuição de equipamentos fotovoltaicos. Essa crise levou a uma reavaliação das estratégias de negócios e ao surgimento de tendências que estão moldando a nova fase da indústria.
- Desafios para Distribuidoras que Focam Apenas em Energia Solar
As distribuidoras que direcionavam seus esforços exclusivamente para a linha de produtos de energia solar se viram diante de desafios consideráveis durante a crise de 2023. As margens de vendas foram afetadas negativamente, uma vez que a demanda diminuiu e a concorrência se intensificou. Além disso, o ticket médio de vendas caiu, impactando diretamente a receita das empresas.
Um dos fatores que contribuiu para essa situação foi a manutenção das estruturas de despesas operacionais, como infraestrutura e logística, porém as receitas diminuíram, gerando pressão sobre os resultados das distribuidoras. A necessidade de reduzir custos levou muitas empresas a diminuir suas equipes comerciais o que levou a grandes perdas em vendas.
- Resiliência em Diversidade de Produtos
Por outro lado, distribuidoras de energia solar que tem linhas de produtos diversas demonstraram uma resiliência maior durante a crise, apesar de também sofrerem impactos negativos significativos.
A capacidade de oferecer uma variedade de produtos como sistemas de monitoramento, motores e outras linhas permitiu que essas empresas enfrentassem melhor as flutuações da demanda.
Esses modelos de negócios muitas vezes estão ancorados em uma rede de integradores credenciados fiéis com uma forte conexão com o distribuidor. Essas parcerias estratégicas permitem que as distribuidoras superem os obstáculos do mercado, uma vez que os integradores podem oferecer soluções abrangentes aos clientes.
- Ascensão dos Marketplaces de Energia Solar
A volatilidade nos preços dos equipamentos de energia solar abriu espaço para um novo tipo de negócio ganhar força: os marketplaces de energia solar. Essas plataformas online, como a da Suns Brasil, atuam como intermediários entre os distribuidores de equipamentos e os integradores, oferecendo uma gama diversificada de produtos a preços competitivos e facilitam a vida das distribuidoras que se especializam exclusivamente em energia solar, uma vez que eliminam a necessidade de manter grandes equipes comerciais.
A primeira crise de demanda vivida pelo setor de energia solar no Brasil em 2023 impulsionou uma consolidação no mercado de distribuição de equipamentos e os movimentos executados pelas distribuidoras estão pavimentando o caminho para uma indústria de energia solar mais robusta e adaptável no Brasil.
Daniel Reichembach – CEO Suns Brasil