Uma fazenda solar espacial projetada para orbitar acima da Terra poderá estar operacional até 2035.
A empresa de tecnologia Space Solar, sediada em Oxfordshire, no Reino Unido, afirma que o projeto poderá contribuir para o fornecimento de energia no futuro do Reino Unido.
A fazenda de painéis solares com 2 km de comprimento enviaria energia para receptores na Terra da mesma forma que os sinais de telefones celulares. A empresa afirma que a tecnologia solar espacial produziria mais energia renovável do que suas equivalentes terrestres.
O que é uma fazenda solar espacial?
Uma fazenda solar espacial consiste em gigantescos painéis solares orbitando acima da Terra. Os inventores voltaram-se para o céu como a próxima fronteira de energia limpa devido à intensidade da luz solar que pode ser colhida no espaço.
No espaço, os raios solares são cerca de dez vezes mais fortes do que na Terra e podem ser capturados 24 horas por dia, em vez de apenas durante as horas de luz do dia.
Em outubro passado, a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou seu plano para uma fazenda solar que flutuaria a 36.000 km acima da Terra.
“Um projeto desse tipo garantiria que a Europa se tornasse um jogador-chave – e potencialmente líder – na corrida internacional em direção a soluções escaláveis de energia limpa para mitigar as mudanças climáticas”, disse a ESA em um comunicado.
Fazenda solar espacial poderá estar operacional até 2035
A empresa de tecnologia Space Solar afirma que inovações em lançamentos espaciais reutilizáveis tornaram sua fazenda solar flutuante “economicamente viável”.
A tecnologia poderá se tornar uma fonte vital de energia para o Reino Unido, pois utiliza metade da área terrestre das fazendas solares e um décimo da área das fazendas eólicas offshore, enquanto produz 13 vezes mais energia renovável.
“A energia solar baseada no espaço sempre foi considerada a fonte definitiva de energia limpa”, disse Sam Alden, da Space Solar, à rede de notícias BBC do Reino Unido.
“Realmente seremos capazes de ter um impacto significativo na neutralidade de carbono e em um futuro brilhante para o planeta.”
O objetivo da empresa é “fornecer 20% do suprimento de energia da Terra usando 600 satélites”.
O governo do Reino Unido destinou £6 milhões (€6,9 milhões) para projetos de pesquisa solar espacial na Grã-Bretanha e mais £5 milhões (€5,8 milhões) para um projeto internacional chamado CASSIOPeiA que estuda a energia solar baseada no espaço.