Nos últimos meses, o que temos visto é uma saída crescente de empresas do setor fotovoltaico. Integradores de todos os tamanhos estão encerrando as atividades.
E a pergunta que muita gente faz é: por que isso está acontecendo justo agora?
A minha leitura é clara: estamos vivendo uma tempestade perfeita, com quatro fatores principais que se combinaram de forma simultânea e estão causando um impacto severo no setor.
💥 1. Aumento abrupto nos preços dos equipamentos
Desde janeiro de 2025, o governo federal iniciou a cobrança de impostos sobre painéis solares importados.
Isso provocou um aumento imediato no custo dos kits, o que tornou muitos projetos inviáveis.
Além disso, o repasse dos preços para o consumidor final reduziu drasticamente a atratividade do investimento.
💸 2. Alta repentina nas taxas de juros
A escalada dos juros afetou diretamente o financiamento de sistemas solares, que sempre foi um dos principais motores de venda.
Parcelas que antes eram acessíveis se tornaram proibitivas para famílias e pequenas empresas.
Por outro lado, o setor automotivo — que também depende de crédito e exige alto investimento — teve o melhor 1º trimestre desde 2008.
Ou seja, o problema não é apenas a economia ou o crédito: existe algo específico afetando o solar.
🛒 3. Inflação e mudança no padrão de consumo
Enquanto isso, o consumidor brasileiro sente no bolso os efeitos da inflação nos alimentos e no custo de vida.
Naturalmente, isso leva ao adiamento de investimentos de médio e longo prazo, como energia solar.
A mentalidade dominante hoje é: “agora não dá, vou esperar passar.”
🏛️ 4. Insegurança regulatória e desconfiança com o governo
Além dos fatores econômicos, há também um ambiente regulatório desfavorável.
O setor de energia solar tem enfrentado mudanças constantes, falta de previsibilidade e ausência de incentivo real.
Com isso, cresce a desconfiança — tanto de consumidores quanto de integradores.
📊 A realidade ainda não aparece nos números
É importante destacar que os dados oficiais divulgados até agora não retratam com exatidão o que está acontecendo no campo.
A dor real, sentida pelos profissionais da ponta, é muito maior.
As próximas levas de dados devem trazer um panorama mais fiel da situação — e, provavelmente, mostrar uma retração ainda mais grave.
O “tarifaço do Trump” também pode afetar o cenário
E como se tudo isso não bastasse, temos mais um ingrediente: o “tarifaço do Trump” nos Estados Unidos.
Embora seus efeitos ainda não se reflitam diretamente nos custos no Brasil, essa medida deve gerar volatilidade e impactos macroeconômicos globais.
Consequentemente, o setor solar também poderá sentir esses reflexos nos próximos meses.
📉 O impacto direto no mercado
O resultado já está visível: empresas fechando, equipes sendo desmontadas e excelentes profissionais deixando o setor.
Contudo, é importante lembrar que toda crise também traz oportunidades.
⚠️ É nas crises que o dinheiro muda de mãos
Enquanto alguns ficam paralisados, outros estão aproveitando para recalibrar sua rota, reposicionar sua empresa e enxergar novas possibilidades.
Esse é o momento ideal para quem quer se destacar no mercado.
📈 Menos integradores, menos concorrência
Além disso, um ponto estratégico começa a se formar: com mais integradores saindo do mercado, a concorrência tende a diminuir.
Quando o setor voltar a crescer, haverá mais clientes para menos integradores.
Ou seja, a oferta será naturalmente regulada pela demanda, e quem estiver preparado poderá crescer com mais espaço e menos pressão competitiva.
Se você também sente que o mercado está mudando — e quer entender melhor como se preparar para o que vem pela frente — vamos conversar. 💬
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Uma resposta
Concordo plenamente com vc mais justamente por essas grandes empresas estarem deixando o setor é que grandes ramificações estão surgindo através dos seus ex instaladores isso significa que temos que parar ou diminuir nosso ritmo, mais a o aumento da taxa Selic fez com que o aumento das parcelas ficassem muito altas é o aumento dos impostos também fazendo com que dezenas de pessoas que são aprovadas ou pré aprovadas venham a desistir sem falar que a maioria não conseguem ser aprovadas por restrição ao crédito