Saber como montar um projeto de energia solar corretamente garante não só o bom funcionamento do sistema, mas também a satisfação do cliente e a otimização de recursos. Neste artigo, vamos abordar todas as etapas necessárias para que você possa planejar e executar um projeto fotovoltaico completo, desde o dimensionamento inicial até a homologação. Confira!
Dimensionamento inicial
O primeiro passo para montar um projeto de energia solar é realizar o dimensionamento inicial do sistema. Essa etapa é fundamental para entender as necessidades energéticas do cliente e planejar o sistema de acordo com essas demandas.
Um dimensionamento inadequado pode resultar em um sistema que não atende ao consumo do cliente ou que gera mais energia do que o necessário, aumentando os custos do projeto sem benefício adicional.
Por isso, é fundamental saber como calcular a demanda energética para energia solar, incluindo etapas como:
- Análise da fatura de energia elétrica – avalie o consumo de energia do cliente analisando a fatura de energia elétrica dos últimos 12 meses. O consumo é medido em kilowatt-hora (kWh) e varia de acordo com a estação do ano, geralmente sendo maior em meses de calor quando o uso de ar-condicionado e ventiladores é mais intenso.
- Projeção de necessidades futuras – além de olhar para o consumo histórico, é importante conversar com o cliente para entender seus planos. Em alguns casos, o cliente pode estar planejando a compra de novos eletrodomésticos, como ar-condicionado, geladeira ou outros itens de alto consumo energético. Essa projeção deve ser considerada no dimensionamento para que o sistema não se torne insuficiente em pouco tempo.
- Tipo de instalação – determine se o sistema será on-grid, off-grid ou híbrido. Cada tipo possui características e necessidades diferentes que impactam o dimensionamento.
Inspeção técnica
Após o dimensionamento inicial, a próxima etapa é realizar uma inspeção técnica no local da instalação do sistema fotovoltaico. Essa visita é importante para avaliar as condições físicas do imóvel e identificar possíveis obstáculos que possam afetar a eficiência do sistema. Devem ser analisados fatores como:
- orientação do telhado ou área de instalação;
- inclinação do telhado;
- coordenadas do local;
- possíveis fontes de sombreamento e como evitá-las;
- condições estruturais do telhado ou da estrutura;
- tipo de ligação elétrica da unidade.
Dimensionamento final
Com os dados da inspeção técnica e do dimensionamento inicial, o integrador pode realizar o dimensionamento final do sistema. Essa etapa envolve a escolha precisa de algumas características como:
- Irradiação solar local – a quantidade de energia solar que chega ao local da instalação é um fator determinante para o dimensionamento do sistema. Regiões com maior irradiação solar exigem menos paineis para gerar a mesma quantidade de energia do que regiões com menor incidência de sol.
- Área disponível – a quantidade de espaço disponível para a instalação dos paineis solares também limita o dimensionamento do sistema. Telhados pequenos podem exigir soluções mais criativas, como a instalação em áreas de solo ou a escolha de paineis de maior eficiência para compensar a limitação de espaço.
- Energia a ser gerada – o sistema precisa ser dimensionado para gerar a quantidade de energia que o cliente consome. Isso é calculado com base no consumo médio anual da residência ou empresa. O integrador também pode incluir uma margem para eventuais aumentos no consumo futuro.
- Orçamento e investimentos – o dimensionamento final também considera o orçamento do cliente. O integrador deve buscar um equilíbrio entre a qualidade dos equipamentos e o custo do projeto, sempre mantendo o foco no retorno do investimento (ROI) e na economia gerada na conta de luz.
Escolha dos equipamentos
A escolha dos equipamentos é uma das etapas mais importantes do projeto, pois ela impacta diretamente a durabilidade e o desempenho do sistema. Optar por componentes de qualidade é essencial para garantir a eficiência do sistema ao longo de sua vida útil. Entre os equipamentos mais comuns estão:
- paineis solares;
- inversores;
- suportes e estrutura de fixação;
- cabeamento.
Esses componentes podem ser encontrados em kits de energia solar, que incluem equipamentos já selecionados. Em empresas como a Suns Brasil, há ainda a opção de personalizar os kits de acordo com as necessidades do cliente.
Elaboração do projeto
Com base no dimensionamento e na inspeção técnica, o responsável técnico (RT) cria um plano detalhado, especificando os equipamentos que serão utilizados, como módulos fotovoltaicos, inversores e cabos, além de como será feita a instalação.
O projeto deve incluir documentos importantes, como a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), que formaliza a responsabilidade do engenheiro, e o diagrama unifilar, que ilustra a conexão do sistema à rede elétrica.
Também é necessário o certificado de conformidade dos inversores, garantindo que os equipamentos atendem às normas do Inmetro, assegurando segurança e qualidade.
Para projetos de maior porte, podem ser solicitados documentos adicionais, como o memorial de cálculo, que justifica tecnicamente o dimensionamento, e o cronograma de implantação, que organiza o tempo de execução. Com o projeto bem estruturado, o próximo passo é enviá-lo à concessionária para análise e aprovação.
Homologação e instalação do projeto de energia solar
A homologação é a etapa em que o sistema de energia solar passa pela aprovação da concessionária para ser conectado à rede elétrica. Esse processo inicia com o envio do projeto elaborado e dos documentos necessários.
Após a análise, a concessionária pode solicitar ajustes ou aprovar o projeto de energia solar. Uma vez aprovado, o sistema está pronto para instalação.
Seguindo o layout planejado, a equipe posiciona os módulos solares para otimizar a captação de luz solar, respeitando a orientação e inclinação adequadas.
Durante a instalação, são colocados os inversores, que transformam a energia solar em energia elétrica utilizável, e o sistema de cabos que conecta tudo à rede elétrica da unidade consumidora.
Após a instalação, a concessionária realiza uma inspeção final. Se tudo estiver em conformidade, a concessionária substitui o medidor convencional por um medidor bidirecional, que contabiliza tanto a energia consumida quanto a energia injetada na rede pelo sistema fotovoltaico. Com a homologação concluída, o sistema está oficialmente pronto para gerar energia.
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